Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes – 150 países,
inclusive o Brasil, estão realizando ações para conscientizar as pessoas
sobre a importância desta doença que tem atingido cada vez mais jovens.
Eles são, inclusive, o tema da campanha desse ano de 2010, uma vez que
mais de 200 crianças desenvolvem diabetes a cada dia. Os números são
mesmo alarmantes: segundo estimativa recente da International Diabetes
Federation (IDF) há cerca de 250 milhões de diabéticos (adultos, jovens e
crianças) no mundo. Em 2025, este número deve chegar a 380 milhões. Só
no Brasil, são contabilizados 11 milhões de portadores da doença,
considerada uma das principais causas de mortalidade no mundo – quase
quatro milhões morrem, a cada ano, devido às complicações do diabetes
não controlado. Por isso, a detecção precoce da doença é vital.
O diabetes se caracteriza pela ausência (diabetes tipo I) ou pela
irregularidade (diabetes tipo II) da produção de insulina pelo pâncreas,
um hormônio que permite o aproveitamento, pelas células, da glicose
(açúcar) contida nos alimentos, transformada então em energia para o
organismo desempenhar suas funções. Se a glicose não é absorvida, começa
a ser acumulada na corrente sanguínea, gerando a hiperglicemia – taxa
alta de açúcar no sangue – que pode causar muitos problemas de saúde,
como nefropatia (doença renal), cegueira e doenças do aparelho
cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral, por exemplo).
O diabetes tipo I está relacionado à genética, à história familiar, e
acomete muitos jovens. Já o tipo II é o mais comum, respondendo por mais
de 90% dos casos da doença, e atinge pessoas geralmente acima dos 40
anos. “A genética também é uma causa importante, mas o diabetes tipo II
está intimamente associado ao estilo de vida moderno. O sedentarismo, os
maus hábitos alimentares e a obesidade são fatores fortíssimos que
predispõem o aparecimento deste tipo de diabetes. É por isso que estamos
vendo cada vez mais jovens vítimas dessa forma da doença”, alerta João
Régis Carneiro, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Estima-se que para cada paciente diagnosticado como diabético existe
outro que não sabe ser portador da doença, o que configura um perigo
muito grande, pois muitos estão hoje convivendo com o diabetes sem
receber qualquer tipo de tratamento. Entre os diversos sintomas
resultantes do excesso de glicose na circulação sangüínea podemos citar:
urinar em excesso várias vezes ao dia e também à noite, sentir sede
excessiva, aumento do apetite, ter perda de peso, sentir cansaço
extremo, câimbras, dormência nas extremidades, boca seca e visão turva.
“Pacientes com diabetes tipo II podem apresentar sintomas menos
evidentes. Daí a possibilidade de ficarem anos sem diagnóstico”, destaca
João Régis Carneiro.
Mas a detecção da doença é simples. Além de avaliar os sintomas
externos, é necessário fazer um exame de sangue, em jejum, para checar a
dosagem de açúcar na corrente sangüínea. “Uma pessoa normal terá taxa
inferior a 100mg de glicose por decilitro (dl). Entre 100 mg/dl e 126
mg/dl, o indivíduo é diagnosticado como intolerante à glicose, ou seja,
não é diabético mas também não pode ser considerado normal. A partir de
126 mg/dl o diagnóstico de diabetes pode ser estabelecido desde que
repetido ou confirmado pelos sintomas externos”, explica o
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
O tratamento da doença é igualmente simples. Os diabéticos do tipo I,
aqueles cujo organismo parou de produzir insulina, são tratados através
da administração subcutânea deste hormônio. “Existem vários tipos de
insulina. Hoje, as formas de aplicação são muito facilitadas por
modernos aplicadores: canetas especiais ou até mesmo bombas de infusão
portáteis. No caso do tipo II, existem muitas medicações que podem agir
tanto estimulando a produção de insulina pelas células beta do pâncreas,
como também facilitando a ação da insulina nos tecidos”, explica o
médico João Régis Carneiro.
Outro cuidado essencial é o com a alimentação, mas não pense que isso
significa uma restrição especial, porque na verdade a dieta do diabético
se aproxima cada vez mais da dieta de uma pessoal normal. Não existe
mais essa história de cortar carboidratos, não há mais impedimentos
radicais. “Nosso organismo precisa de todos os nutrientes, sendo que os
carboidratos – cenoura, pão, arroz, batata, etc – devem representar 40%
das calorias que ingerimos. Mas fast food, bolos, biscoitos e demais
guloseimas, nem pensar! Eles não podem substituir refeições ou serem
ingeridos freqüentemente pelos diabéticos e nem pelas pessoas saudáveis.
De vez em quando até vai, mas é preciso dosar as quantidades”,
esclarece a nutróloga Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de
Nutrição (Citen), em São Paulo.
Segundo ela, o importante é que o diabético siga, também, uma
alimentação balanceada que mantenha seu peso ideal (80% dos portadores
da doença estão acima do peso). A nutróloga enfatiza, além disso, a
importância dos horários das refeições. “É essencial ter horários para
comer e não pular refeições, ajudando a regular e manter o nível de
açúcar no sangue sempre estabilizado”, aconselha Ellen Simone Paiva.
Se o diabetes for controlado, o portador da doença pode levar uma vida
absolutamente normal. Pode viajar, namorar, trabalhar, ser atleta ou o
que for. Basta apenas ter disciplina, cuidar da alimentação, não fumar,
ingerir álcool de forma moderada e praticar uma atividade física
adequada regularmente e com acompanhamento profissional – recomendações
que se estendem, afinal, a todas as pessoas, diabéticas ou não.
O Dia Mundial conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas),
que assinou, em 2006, uma Resolução que reconheceu o diabetes como uma
doença crônica, debilitante e de alto custo, principalmente quando
associada a complicações severas. A SBD apóia a campanha mundial e
colabora divulgando as várias ações e atividades que acontecem pelo
Brasil.
O Símbolo:
Por que um círculo azul?
A campanha para a Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes foi liderada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). Ela é representada por um ícone simples, que pode ser facilmente adaptado e usado em todos os lugares. O ícone clama a união pelo diabetes e simboliza o apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes.
O Conceito
Desde o início, a IDF buscou um símbolo simples, de modo a facilitar a reprodução em larga escala e facilitar o uso para qualquer pessoa que quisesse dar apoio à campanha. A ideia era ser algo tão simples, que uma criança pudesse desenhar com um giz de cera. O ícone pode ser facilmente reproduzido a um baixo custo e é facilmente integrado a qualquer campanha pelo diabetes.
A Escolha da Forma
Os círculos estão sempre presentes na natureza e têm sido usados como símbolo desde os primórdios da civilização. O significado do círculo é extremamente positivo. Em várias culturas, simboliza a vida, a mãe terra e a saúde. Nesta campanha, ele simboliza a união. A comunidade global de diabetes se juntou para dar apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes. Nossas forças unidas foram a chave para fazer essa campanha tão especial.
A Escolha da Cor
O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que representa também a união entre os países. É a única entidade que pôde apelar aos governos de todos os lugares que era hora de reverter a epidemia global de diabetes, que ameaça o avanço econômico e que causa tanto sofrimento.
Uso do Símbolo
A IDF preocupada com o uso correto da logomarca do Dia Mundial do Diabetes, disponibilizou um Manual de Uso e também opção em 60 idiomas (inclusive em português) para facilitar os interessados no uso do material. O uso é livre.
Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes – 150 países,
inclusive o Brasil, estão realizando ações para conscientizar as pessoas
sobre a importância desta doença que tem atingido cada vez mais jovens.
Eles são, inclusive, o tema da campanha desse ano de 2010, uma vez que
mais de 200 crianças desenvolvem diabetes a cada dia. Os números são
mesmo alarmantes: segundo estimativa recente da International Diabetes
Federation (IDF) há cerca de 250 milhões de diabéticos (adultos, jovens e
crianças) no mundo. Em 2025, este número deve chegar a 380 milhões. Só
no Brasil, são contabilizados 11 milhões de portadores da doença,
considerada uma das principais causas de mortalidade no mundo – quase
quatro milhões morrem, a cada ano, devido às complicações do diabetes
não controlado. Por isso, a detecção precoce da doença é vital.
O diabetes se caracteriza pela ausência (diabetes tipo I) ou pela
irregularidade (diabetes tipo II) da produção de insulina pelo pâncreas,
um hormônio que permite o aproveitamento, pelas células, da glicose
(açúcar) contida nos alimentos, transformada então em energia para o
organismo desempenhar suas funções. Se a glicose não é absorvida, começa
a ser acumulada na corrente sanguínea, gerando a hiperglicemia – taxa
alta de açúcar no sangue – que pode causar muitos problemas de saúde,
como nefropatia (doença renal), cegueira e doenças do aparelho
cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral, por exemplo).
O diabetes tipo I está relacionado à genética, à história familiar, e
acomete muitos jovens. Já o tipo II é o mais comum, respondendo por mais
de 90% dos casos da doença, e atinge pessoas geralmente acima dos 40
anos. “A genética também é uma causa importante, mas o diabetes tipo II
está intimamente associado ao estilo de vida moderno. O sedentarismo, os
maus hábitos alimentares e a obesidade são fatores fortíssimos que
predispõem o aparecimento deste tipo de diabetes. É por isso que estamos
vendo cada vez mais jovens vítimas dessa forma da doença”, alerta João
Régis Carneiro, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Estima-se que para cada paciente diagnosticado como diabético existe
outro que não sabe ser portador da doença, o que configura um perigo
muito grande, pois muitos estão hoje convivendo com o diabetes sem
receber qualquer tipo de tratamento. Entre os diversos sintomas
resultantes do excesso de glicose na circulação sangüínea podemos citar:
urinar em excesso várias vezes ao dia e também à noite, sentir sede
excessiva, aumento do apetite, ter perda de peso, sentir cansaço
extremo, câimbras, dormência nas extremidades, boca seca e visão turva.
“Pacientes com diabetes tipo II podem apresentar sintomas menos
evidentes. Daí a possibilidade de ficarem anos sem diagnóstico”, destaca
João Régis Carneiro.
Mas a detecção da doença é simples. Além de avaliar os sintomas
externos, é necessário fazer um exame de sangue, em jejum, para checar a
dosagem de açúcar na corrente sangüínea. “Uma pessoa normal terá taxa
inferior a 100mg de glicose por decilitro (dl). Entre 100 mg/dl e 126
mg/dl, o indivíduo é diagnosticado como intolerante à glicose, ou seja,
não é diabético mas também não pode ser considerado normal. A partir de
126 mg/dl o diagnóstico de diabetes pode ser estabelecido desde que
repetido ou confirmado pelos sintomas externos”, explica o
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
O tratamento da doença é igualmente simples. Os diabéticos do tipo I,
aqueles cujo organismo parou de produzir insulina, são tratados através
da administração subcutânea deste hormônio. “Existem vários tipos de
insulina. Hoje, as formas de aplicação são muito facilitadas por
modernos aplicadores: canetas especiais ou até mesmo bombas de infusão
portáteis. No caso do tipo II, existem muitas medicações que podem agir
tanto estimulando a produção de insulina pelas células beta do pâncreas,
como também facilitando a ação da insulina nos tecidos”, explica o
médico João Régis Carneiro.
Outro cuidado essencial é o com a alimentação, mas não pense que isso
significa uma restrição especial, porque na verdade a dieta do diabético
se aproxima cada vez mais da dieta de uma pessoal normal. Não existe
mais essa história de cortar carboidratos, não há mais impedimentos
radicais. “Nosso organismo precisa de todos os nutrientes, sendo que os
carboidratos – cenoura, pão, arroz, batata, etc – devem representar 40%
das calorias que ingerimos. Mas fast food, bolos, biscoitos e demais
guloseimas, nem pensar! Eles não podem substituir refeições ou serem
ingeridos freqüentemente pelos diabéticos e nem pelas pessoas saudáveis.
De vez em quando até vai, mas é preciso dosar as quantidades”,
esclarece a nutróloga Ellen Simone Paiva, do Centro Integrado de
Nutrição (Citen), em São Paulo.
Segundo ela, o importante é que o diabético siga, também, uma
alimentação balanceada que mantenha seu peso ideal (80% dos portadores
da doença estão acima do peso). A nutróloga enfatiza, além disso, a
importância dos horários das refeições. “É essencial ter horários para
comer e não pular refeições, ajudando a regular e manter o nível de
açúcar no sangue sempre estabilizado”, aconselha Ellen Simone Paiva.
Se o diabetes for controlado, o portador da doença pode levar uma vida
absolutamente normal. Pode viajar, namorar, trabalhar, ser atleta ou o
que for. Basta apenas ter disciplina, cuidar da alimentação, não fumar,
ingerir álcool de forma moderada e praticar uma atividade física
adequada regularmente e com acompanhamento profissional – recomendações
que se estendem, afinal, a todas as pessoas, diabéticas ou não.
O Dia Mundial conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas),
que assinou, em 2006, uma Resolução que reconheceu o diabetes como uma
doença crônica, debilitante e de alto custo, principalmente quando
associada a complicações severas. A SBD apóia a campanha mundial e
colabora divulgando as várias ações e atividades que acontecem pelo
Brasil.
O Símbolo:
Por que um círculo azul?
A campanha para a Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes foi liderada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). Ela é representada por um ícone simples, que pode ser facilmente adaptado e usado em todos os lugares. O ícone clama a união pelo diabetes e simboliza o apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes.
O Conceito
Desde o início, a IDF buscou um símbolo simples, de modo a facilitar a reprodução em larga escala e facilitar o uso para qualquer pessoa que quisesse dar apoio à campanha. A ideia era ser algo tão simples, que uma criança pudesse desenhar com um giz de cera. O ícone pode ser facilmente reproduzido a um baixo custo e é facilmente integrado a qualquer campanha pelo diabetes.
A Escolha da Forma
Os círculos estão sempre presentes na natureza e têm sido usados como símbolo desde os primórdios da civilização. O significado do círculo é extremamente positivo. Em várias culturas, simboliza a vida, a mãe terra e a saúde. Nesta campanha, ele simboliza a união. A comunidade global de diabetes se juntou para dar apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes. Nossas forças unidas foram a chave para fazer essa campanha tão especial.
A Escolha da Cor
O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que representa também a união entre os países. É a única entidade que pôde apelar aos governos de todos os lugares que era hora de reverter a epidemia global de diabetes, que ameaça o avanço econômico e que causa tanto sofrimento.
Uso do Símbolo
A IDF preocupada com o uso correto da logomarca do Dia Mundial do Diabetes, disponibilizou um Manual de Uso e também opção em 60 idiomas (inclusive em português) para facilitar os interessados no uso do material. O uso é livre.
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